Abro o ano com A e B.
Colegial, cabalístico, iniciante, iniciado.
Olho com força de delicadeza a sucessão impossível de
fatos, coisas, pessoas, filmes, livros, noites,
o tecer gradual de uma experiência singular.
Abro os olhos no auge da montanha-russa,
a eternidade dura só um loop, é preciso estar atento,
um dia o sol não estará lá.
Abro antes meu corpo para a urgência que me torna em palavras.
que desejo? que sensatez? que aventura? descanso?
antes do desespero, invento deuses num copo d'água,
o universo em uma gota,
falo alto, louco, com os mestres antigos,
conecto-me à urgência infinita de hordas de boys & girls,
viajo por corações partidos, olho os iluminados nos olhos,
selo caminhos, rastreio verdades, mergulho abismos de céu e mar.
A saudade será o princípio do novo amor.
Serei soldado da palavra, em pacto com as sereias.
Este ano é o começo de um novo canto e não sei como ou onde estarei nu.
Os primeiros dias trazem a tempestade com que se respira melhor.
Resta levantar a voz para clamar
ou o silêncio no prazer de um conforto fino,
enquanto a natureza não poupa esforços,
aplacando justos e injustos,
confirmando nossa estranha fascinação com seu poder sem face,
XYZ.
Acabei de entrar em sua parte ideal de terra na blogosfera.
ResponderExcluirEste é o terceiro texto que vejo a figura do 'soldado'.
Que postura militarizada é essa?
Não creio que isso seja mau. Afinal, a vida nos mete a todo instante em situações belicosas, não é? As vezes, ela parece um campo minado...
Metáforas bélicas assutam? Então, expliquemos a vida de forma científica... sejamos Darwinistas....só os mais fortes resistem...bendita seja a Seleção Natural!